11/01/2018
FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA NO PAÍS É TRUNFO
PARA PROFISSIONAL COM NÍVEL TÉCNICO
NECESSIDADE DA INDÚSTRIA E BONS SALÁRIOS:
POR QUE FAZER UM CURSO TÉCNICO?
Por Larissa Baracho - UnicomFIES
Depois de o brasileiro viver momentos complicados com a crise que se assolou nos últimos anos, uma luz no fim do túnel pode surgir em 2018. Segundo relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em dezembro de 2017, a taxa de desemprego deve voltar a cair na América Latina em 2018, após três anos consecutivos de alta. No Brasil, a OIT destaca que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em outubro foi de 12,2% o que equivale a 12,7 milhões de trabalhadores em busca de uma vaga, representando uma melhora em relação aos semestres anteriores.
Porém, mesmo com a possibilidade de abertura de novas vagas, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente. Todo profissional precisa estar preparado para os desafios constantes. Os que estão em busca de um emprego, lutam para mostrar o diferencial na hora da contratação e quem já está empregado se esforça para garantir o tão almejado emprego.
O mercado de trabalho mudou e ele se impõe ao exigir um novo perfil de profissional: aquele que busca ser diferenciado. A crise, a recessão, o fechamento de postos de trabalho, tudo isso se apresenta em um momento de transição em que é fundamental um novo modelo de carreira que o prepare para o futuro. A preocupação com o mercado de trabalho também não é só para aqueles que desejam se recolocar, mas também de jovens que ainda não começaram a trabalhar e a principal inquietação dos que estão iniciando é qual a melhor forma de entrar no mercado.
Nesse contexto, os cursos técnicos saem na frente dos cursos de graduação, pois possibilitam uma rápida entrada no mercado de trabalho e com custo mais baixo para quem está em busca de uma profissão e não apenas de um emprego. E esse benefício não é apenas para quem está terminando os estudos do ensino médio, mas para quem já está no mercado de trabalho de olho também em novas oportunidades de salário.
Além de ser uma forma mais rápida, a pessoa que possui uma formação técnica tem mais estabilidade dentro da empresa que trabalha. Segundo uma pesquisa realizada pelo SENAI, uma das maiores e mais respeitadas entidades de educação profissional do mundo, quem adquiriu uma qualificação técnica tem menos chance de ficar desempregado do que quem não fez um curso técnico. Além disso, 60% dos alunos de cursos técnicos do SENAI conseguem emprego em até um ano após a formatura, 18% é a média de acréscimo na renda de profissionais que fizeram os cursos em relação a quem conclui apenas o ensino médio ,94% das empresas dizem preferir contratar técnicos formados pelo SENAI e algumas profissões técnicas têm média salarial maior do que ocupações de nível superior no Brasil. Além disso, a pesquisa aponta que 13 milhões de trabalhadores deverão ser qualificados nos próximos quatro anos para atender à demanda da indústria brasileira.
Um exemplo de que os ex-alunos de cursos técnicos se inserem rapidamente no mercado de trabalho é o de André Gustavo, de 21 anos, que estudou no SENAI Sergipe. O jovem é técnico em eletroeletrônica e conseguiu emprego em sua área assim que terminou o curso.
“O curso técnico do SENAI tem um valor excepcional. Foi através dele que amadureci bastante, me capacitei para um mercado de trabalho competitivo, sem contar nas experiências fantásticas que o curso me proporcionou. Além de ter sido de extrema importância na minha vida profissional, foi de extrema importância na minha vida pessoal também”, destacou André.
Em Sergipe, o SENAI oferece diversos tipos de cursos para a formação de profissionais altamente qualificados tanto para quem quer começar uma carreira na indústria, como também para quem já é formado e busca novas oportunidades. Uma novidade lançada em 2017 é a modalidade de cursos técnicos que estão inseridos na carga horária do ensino médio. Com materiais didáticos inovadores e docentes altamente capacitados, divididos em áreas como a de alimentos, tecnologia da informação, automotiva, confecção, metalomecânica, entre outros, visam atender às demandas das indústrias e garantir emprego para os futuros profissionais.